Ter a possibilidade de se ser mãe/pai/cuidador é um privilégio sem igual. Ter as nossas Crianças no colo pela primeira vez, sentir o seu cheiro, a sua temperatura, a sua pele… Não existem palavras para o descrever.
Que privilégio.
É com alegria que os vemos a crescer todos os dias, que os vemos cada dia com uma novidade, com uma conquista. Muitos de nós temos ali o primeiro contacto com um amor maior que nós. Mas, com este amor maior, vêm também os medos, as preocupações e muitas vezes as frustrações.
Conforme vamos tendo a possibilidade de ver as nossas Crianças a crescer vamos tendo um contacto cada vez maior e visceral com inquietações que não tínhamos até então.
“Não dorme a noite toda, não ouve nada do que digo, não me respeita, nunca arruma nada, está sempre a fazer birras, ainda não sabe contar até 10 como os amiguinhos, ainda não se senta sozinho, só faz o que lhe apetece, não me deixa fazer nada em casa, só quer estar ao colo, etc.”
Eles vão crescendo e as nossas frustrações e medo vão crescendo com eles. Quantos de nós não nos sentimos cansados, angustiados e tristes até, em algo momento desta caminhada?
Na verdade, nunca como agora estes sentimentos vieram à flor da pele. Depois de meses em casa, de meses de restrições sociais nunca antes vividas, todos nós de alguma forma experienciamos estes sentimos, e é normal.
Mas como pais e cuidadores temos um papel fulcral no que passamos para as nossas Crianças.
Será que mesmo no meio de toda esta situação conseguimos melhorar e apaziguar as nossas relações com as Crianças?
Será que o que estamos a passar tem mesmo de influenciar negativamente o desenvolvimento das nossas Crianças?
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