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Ser mãe/pai/cuidador em Setembro de 2020

2 de Setembro, 2020

Ter a possibilidade de se ser mãe/pai/cuidador é um privilégio sem igual. Ter as nossas Crianças no colo pela primeira vez, sentir o seu cheiro, a sua temperatura, a sua pele…  Não existem palavras para o descrever. 

Que privilégio. 

É com alegria que os vemos a crescer todos os dias, que os vemos cada dia com uma novidade, com uma conquista. Muitos de nós temos ali o primeiro contacto com um amor maior que nós. Mas, com este amor maior, vêm também os medos, as preocupações e muitas vezes as frustrações. 

Conforme vamos tendo a possibilidade de ver as nossas Crianças a crescer vamos tendo um contacto cada vez maior e visceral com inquietações que não tínhamos até então. 

“Não dorme a noite toda, não ouve nada do que digo, não me respeita, nunca arruma nada, está sempre a fazer birras, ainda não sabe contar até 10 como os amiguinhos, ainda não se senta sozinho, só faz o que lhe apetece, não me deixa fazer nada em casa, só quer estar ao colo, etc.”

Eles vão crescendo e as nossas frustrações e medo vão crescendo com eles. Quantos de nós não nos sentimos cansados, angustiados e tristes até, em algo momento desta caminhada?

Na verdade, nunca como agora estes sentimentos vieram à flor da pele. Depois de meses em casa, de meses de restrições sociais nunca antes vividas, todos nós de alguma forma experienciamos estes sentimos, e é normal.

Mas como pais e cuidadores temos um papel fulcral no que passamos para as nossas Crianças. 

Será que mesmo no meio de toda esta situação conseguimos melhorar e apaziguar as nossas relações com as Crianças?

Será que o que estamos a passar tem mesmo de influenciar negativamente o desenvolvimento das nossas Crianças?  

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