Os 4 Planos de Desenvolvimento são a base para se entender as necessidades do bebé, da criança, do adolescente e do jovem em cada momento, e como contribuir para que ele desenvolva todas as suas potencialidades em vez de reprimi-las.
A pirâmide de cada período, indica que durante os 3 primeiros anos de cada plano produz-se um aumento das sensibilidades desta etapa até alcançar um máximo para, depois, diminuir de intensidade até desaparecer e dar vez às sensibilidades da etapa seguinte.
A cor verde, que identifica a primeira infância e a adolescência. Representa as semelhanças presentes nestas duas fases que são períodos de criação e de grandes mudanças físicas e psicológicas.
A cor azul, identifica a segunda infância e a juventude. Representa períodos de calma e estabilidade, nos quais se aperfeiçoam as habilidades adquiridas na etapa anterior.
Primeira Infância (0 a 6 anos): “Mente absorvente”
Neste plano a criança busca a independência física.
Sendo assim, é importante dar oportunidade à criança de fazer as coisas por ela mesma: comer, tomar banho, secar-se, escovar os dentes, vestir-se etc. Para isso é necessário estar preparado para esperar o tempo da criança que é mais lento que o do adulto, aceitar os resultados diferentes daqueles que o adulto teria e nunca interromper a ação da criança ou fazer à sua maneira depois que ela terminar. Atitudes assim passam para a criança a mensagem de que ela não é capaz de fazer nada por ela mesma – justamente o contrário do que se procura neste plano.
Em termos de físico/fisiológico trata-se de um período de grandes mudanças e um estado de saúde delicado.
Este plano está claramente dividido em dois sub-planos:
0-3 anos: Mente absorvente inconsciente
3-6 anos: Mente absorvente consciente
Em ambos os sub-planos produz-se aprendizagem mediante impressões sensoriais do mundo que rodeia a criança. No primeiro a criança não é consciente do mesmo enquanto que no segundo realiza-se um trabalho com um propósito de forma consciente.
Segunda Infância (6 a 12 anos): “Mente racional”
Neste plano desenvolve-se o pensamento abstrato; a criança explora o mundo para além do seu redor imediato.
Não existem limites para o que uma criança pode conseguir nesta etapa se lhe for dada possibilidade, mas, lamentavelmente, na maioria dos casos de educação tradicional, são substimadas as suas capacidades nesta idade.
Neste plano a criança procura a independência intelectual.
Em termos de físico/fisiológico trata-se de um período de calma e crescimento uniforme, sem grandes mudanças e com um estado de saúde muito mais forte que o anterior.
Adolescência (12 a 18 anos): “Mente humanística”
Durante esta etapa produz-se a criação do adulto. O adolescente está desejoso de entender a humanidade e a contribuição que pode trazer à sociedade. Procura a independência social, económica e emocional.
Estimule se houver manifestação de ações empreendedoras como produção e/ou venda de produtos ou mesmo prestação de serviços, por parte da criança, ambicionando ganhar seu próprio dinheiro.
Em termos de físico/fisiológico trata-se de um período de muitas mudanças físicas e emocionais, acompanhadas de um estado de saúde mais delicado que no plano anterior e ainda necessidades de nutrição e descanso que, na maior parte dos casos, não são levadas em consideração pelas exigências académicas convencionais.
Juventude (18 a 21/24 anos): “Mente especialísta”
No último plano de desenvolvimento, o adulto está formado. Agora explora o mundo com uma “mente de especialista” para encontrar a sua missão de vida, e procura a independência moral e espiritual.
Se, nos planos anteriores não foram reprimidas as necessidades da criança e do adolescente, agora encontramo-nos diante de um adulto com uma grande consciência moral e responsabilidade que pode trabalhar pela humanidade e não somente por seu próprio benefício.
Seja apoio para as escolhas profissionais que o jovem fizer. Que ele consiga tomar decisões em conexão com seu “eu interior” procurando aquilo que tem por missão de vida.
Em termos de físico/fisiológico, trata-se de um período de grande estabilidade e estado de saúde forte.
Debaixo do gráfico principal aparece um outro que nos mostra a estrutura do sistema de educação convencional. É possível perceber que a quantidade de conteúdos e disciplinas que o aluno recebe vão aumentando de forma regular em função da idade, sem ter de todo em conta as necessidade observadas no desenvolvimento natural do ser humano.
A palavra Casualidade indica que na educação convencional a aprendizagem produz-se por causa e efeito, sendo o professor a causa e o aluno que aprende o efeito. Em contraste, no gráfico superior vemos a palavra Finalidade já que, quando se respeitam os planos de desenvolvimento, a aprendizagem produz-se devido a uma finalidade estabelecida pela própria natureza do ser humano.
Aqui apresentamos um esquema resumo das principais características de cada um dos 4 planos de desenvolvimento :
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[…] Montessori, dos 18 aos 24 anos decorre o último de quatro períodos de desenvolvimento, designado por “Mente Especialista”, sendo uma fase onde o adulto explora com essa mente o […]