A filosofia Montessori considera a atividade e o movimento das crianças não só como algo positivo mas como algo realmente “necessário” ao seu desenvolvimento, contrariandi a ideia habitual de que uma “boa” criança é aquela que “fica sossegada”.
“Obviamente pelo fato de o adulto não ter qualquer noção sobre a importância da atividade motora da criança, o movimento foi limitado para evitar essa atividade perturbadora.”(Maria Montessori)
A primeira noção que a criança deve adquirir para alcançar uma disciplina ativa é a noção do bom e do mau. O trabalho do educador é impedir que a criança associe ser bom com imobilidade e ser mau com atividade.
“Nosso objetivo é educar para a atividade, para o trabalho, para o bem e não para a imobilidade, para a passividade e para a obediência.” (Maria Montessori)
Como aplicar isto no dia a dia?
Propõem-se que cada vez que a criança estiver a fazer algo que considerem inapropriado, antes de dizer frases como:
- Para de fazer isso
- Comporta-te
- Fica quietinho
Considere-se se o que ele está a fazer é realmente inaceitável ou se é uma forma de atividade razoável sob o ponto de vista da fase da criança, dos seus interesses e das possibilidades de desenvolvimento que aquela acção traz.
Devem colocar-se internamente questões como:
- Por que não?
- Porque não pode fazer isso?
Se a resposta for: “porque molha, suja, lambuza, desarruma, desorganiza…”
Talvez deva repensar o “não”. Apenas use o “não” para emergências, ou seja, situações de risco físico ou social.
Os ganhos de desenvolvimento pleno de uma criança que pode ser o que é em cada momento, com liberdade e com limites, são sem dúvida muito superiores ao de manter a casa e as roupas limpas e organizadas. Fica a sugestão.
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